
Neste domingo (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou novamente sobre a investigação da suposta trama golpista no Brasil. Durante um ato realizado na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, Bolsonaro classificou a acusação de tentativa de golpe como uma “historinha inventada”.
Bolsonaro é um dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito. Em seu discurso, ele questionou a acusação. “Quando eles querem me tirar por uma condenação, já que a inelegibilidade está ameaçada para eles, inventam uma historinha de golpe. Que golpe é esse que eu tenho que provar que não dei? Tem que ser o contrário, eles têm que provar que eu tentei”, disse Bolsonaro.
Julgamento no STF
A manifestação ocorreu em meio à expectativa pelo julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que nos dias 25 e 26 de março irá deliberar se acata ou não a denúncia da PGR sobre a suposta tentativa de golpe de Estado tramada após as eleições de 2022.
O STF já condenou 476 pessoas pelos atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e vandalizadas.
Apoio político e defesa de Bolsonaro
O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, também participou do ato e pediu anistia aos presos e condenados pelo 8 de janeiro. Em um discurso lido no celular, Valdemar criticou a política econômica do governo Lula e defendeu a candidatura de Bolsonaro para as próximas eleições.
“O Brasil é o povo brasileiro e vocês fizeram do PL o maior partido do país. Tenho fé sim que Bolsonaro será candidato a presidente da República”, declarou Valdemar.
Bolsonaro está inelegível até 2030, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o condenou por abuso de poder político ao disseminar desinformação sobre o processo eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores.
Valdemar também criticou o preço dos alimentos e dos combustíveis, puxando um coro de “volta Bolsonaro”. “Com esse governo, o combustível ficou caro, então volta Bolsonaro. A carne ficou cara, então volta Bolsonaro”, convocou.
Diálogo retomado
Por decisão do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto estavam impedidos de se comunicar. No entanto, após um pedido formal do presidente do PL ao ministro Alexandre de Moraes, a decisão foi reformada e os dois puderam voltar a se falar.
O ato em Copacabana demonstrou a força política que Bolsonaro ainda possui, mobilizando apoiadores em defesa da sua candidatura e contestando as investigações contra ele.
Fonte: Edição JP – Imagem: YouTube