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Ronaldo Caiado se posiciona: centro-direita em marcha para a eleição 2026

Governador de Goiás exalta absolvição no TRE, cobra protagonismo político e intensifica articulações

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), deu mais um passo firme em sua trajetória política ao participar, nesta terça-feira (8/4), da inauguração da Casa da Liberdade em Brasília — evento simbólico que marcou também a posse da deputada Carol De Toni (PL-SC) e do senador Carlos Portinho (PL-RJ) como líderes da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado. Mas o momento foi além das formalidades: serviu como palanque para Caiado reafirmar sua presença ativa no debate nacional e reforçar sua pré-candidatura ao Planalto.

Com tom de alívio e comemoração, Caiado celebrou a decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, que reverteu uma condenação em primeira instância relacionada às eleições municipais de 2024. “Resultado de 7 a 0. A Justiça reconheceu que sempre segui as normas legais. Não havia motivo algum para questionarem minha conduta”, declarou, em tom de quem se sente legitimado a seguir adiante em voos mais altos.

Mais do que uma vitória jurídica, o episódio serve como trampolim político para o governador goiano, que agora intensifica sua atuação no xadrez eleitoral de 2026. Com articulações em andamento com outros cinco governadores do campo liberal-conservador, Caiado afirmou haver uma “unidade sólida” entre os nomes da centro-direita. E foi taxativo: “A centro-direita vai vencer as eleições de 2026”.

Caiado aproveitou ainda para disparar críticas ao governo federal, acusando-o de não ter estrutura de governabilidade e classificando-o como “derretido”. Ao mesmo tempo, fez questão de deixar claro que sua candidatura não dependerá da hesitação de outros nomes — em uma alusão direta ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não vou esperar até julho de 2026. Represento 5 milhões de eleitores e tenho responsabilidade com o país.”

O discurso de Caiado é, ao mesmo tempo, um recado e um aviso. Ele se coloca como alternativa viável para liderar uma coalizão de direita reformista, tentando escapar da polarização simplista que ainda domina parte do debate político nacional. Fala com a confiança de quem tem base, mas também com a urgência de quem sabe que o tempo para articular alianças e consolidar narrativas já começou a correr.

Resta saber se a centro-direita, historicamente fragmentada, conseguirá de fato se unificar em torno de um único nome. Se depender de Caiado, essa decisão virá mais cedo do que tarde.

Edição JP – Imagem: Valter Camargo

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