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Direita reabilita slogan ‘In Fux We Trust’ após julgamento contra Bolsonaro

Com a postura de Fux, dirigentes do PL reacenderam a confiança no magistrado.

A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reacendeu um antigo slogan entre lideranças de direita: “In Fux We Trust”. A frase, popularizada durante a Operação Lava Jato, surgiu em uma troca de mensagens entre o então juiz e atual senador Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, quando este relatou uma conversa com o ministro Luiz Fux sobre o apoio à força-tarefa da Lava Jato.

Com a postura divergente de Fux durante o julgamento contra Bolsonaro, dirigentes nacionais do Partido Liberal (PL) reacenderam a confiança no magistrado. O julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que Fux demonstrou dúvidas sobre a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, embora tenha votado para manter as provas do acordo válidas no processo.

Defesa de Bolsonaro avalia pedido de audiência com Fux

Diante do novo cenário, os advogados dos sete réus envolvidos na suposta trama golpista avaliam solicitar uma audiência com Luiz Fux para expor seus argumentos jurídicos. A defesa vê no ministro um possível interlocutor mais sensível às suas teses jurídicas.

A expectativa é de que o julgamento que pode condenar Jair Bolsonaro aconteça até outubro deste ano, novamente na Primeira Turma do STF. Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar consequências políticas e jurídicas significativas.

Revisão da pena de manifestante do 8 de Janeiro

Além do caso Bolsonaro, Fux antecipou sua intenção de reavaliar a dosimetria da pena imposta à cabeleireira Débora Freitas, que participou dos atos de 8 de janeiro de 2023 e pichou a estátua “A Justiça”, em frente ao STF, com a frase “Perdeu, mané”. O ministro pediu vista do caso após os votos dos colegas Alexandre de Moraes e Flávio Dino, sinalizando que pode propor uma pena mais branda.

O futuro de Luiz Fux no STF

Indicado ao Supremo Tribunal Federal pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Luiz Fux é atualmente o ministro mais velho da Corte, com 71 anos. Pela regra vigente, ele será aposentado compulsoriamente em abril de 2028. Até lá, sua postura nos julgamentos de alto impacto pode continuar influenciando os rumos políticos e jurídicos do país.

O posicionamento de Fux no caso Bolsonaro e em outros processos de grande repercussão segue sendo acompanhado de perto tanto por aliados quanto por opositores do ex-presidente. O desdobramento das ações no STF poderá redefinir os cenários político e jurídico brasileiros nos próximos anos.

Edição Jogo do Poder – Com informações da imprensa nacional – Imagem: STF

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