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Wellington Dias e outros governadores incentivam Congresso a pedir ajuda da ONU e Gavi para vacinação contra Covid

Governadores sugeriram nesta sexta-feira, em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que o comitê contra a Covid-19 criado nesta semana peça “ajuda diferenciada” à Organização das Nações Unidas (ONU), à aliança global de vacinas Gavi e a outros países para a imunização no Brasil, afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

Dias e outros governadores tiveram a primeira reunião nesta sexta com o presidente do Senado, que foi encarregado de fazer a interlocução entre os chefes dos Executivos estaduais e o comitê de enfrentamento à crise do coronavírus, que deve se reunir na segunda-feira no Palácio do Planalto sob liderança do presidente Jair Bolsonaro.

“Nós pedimos aqui, no tema da vacina, para que possamos realizar um pedido de audiência do Congresso Nacional com o fórum dos governadores, com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com a presença da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), mas na ONU, ou seja, o secretário nacional das Nações Unidas poder nos receber e tratar junto com a OMS, com a Opas, com a Gavi, de uma ajuda diferenciada, assim como os outros países, para o Brasil”, disse o governador em vídeo distribuído por sua assessoria.

“O que o Brasil mais precisa? De vacina. Essa é a ajuda que esperamos do mundo”, disse, acrescentando que também foi sugerida uma agenda com o Reino Unido, com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca — responsável pela primeira vacina contra Covid-19 contratada pelo governo federal.

A Gavi é uma parceria público-privada apoiada pela Fundação Bill & Melinda Gates, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Banco Mundial, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e outros, que organiza compras de vacinas em grande escala para diminuir os custos em países pobres.

Dias relatou ainda ter feito o pedido que o comitê possa se engajar em uma campanha de prevenção, orientando a adoção de medidas básicas como a utilização de máscaras, distanciamento físico e isolamento em caso de sintomas, além das medidas de restrição que municípios e Estados tem adotado, “como uma passagem em direção à saída segura, que é vacina”.

Governadores também pleitearam que possa ser pago um auxílio aos vulneráveis referente aos meses de janeiro, fevereiro e março, no valor de 600 reais. O governo deve iniciar o pagamento de auxílio por 4 meses a partir de abril, mas no valor médio de 250 reais.

Pacheco, no entanto, afirmou na saída da reunião que não é possível reeditar a ajuda financeira no valor de 600 reais. O presidente do Senado aproveitou para reafirmar que o foco da Casa está na vacinação em massa, de forma a garantir “segurança sanitária” para a roda da economia voltar a girar.

Inclusão de governadores em comitê


Governador Wellington Dias em reunião virtual

O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, reuniu-se virtualmente, nesta sexta-feira (26), com o Comitê Gestor de Enfretamento à Covid-19 entre governadores do Brasil e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, para tratar sobre pautas importantes relativas à pandemia, bem como a criação de uma coordenação no âmbito nacional de combate ao novo coronavírus.

Wellington defende a participação dos governadores no Comitê de Coordenação Nacional para Enfretamento à Covid-19, criado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e publicado no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (24), sem a presença de representantes dos Estados. Para isso, serão enviados ofícios a Bolsonaro e aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.

“O Fórum de Governadores insiste na necessidade da presença de representação dos estados e municípios no comitê. Não tem lógica, considerando que o Brasil é uma República Federativa e vivemos uma pandemia mundial, com efeitos em cada estado e cada município. Assim, estamos enviando os documentos solicitando a inclusão de representantes dos estados na coordenação nacional”, frisou Wellington.

De acordo com Dias, os governadores estão abertos ao diálogo e ao alinhamento das pautas para atuar de forma integrada na busca por vacinas e defender o que é prioridade atualmente no Brasil: saúde, social e economia.

“Tratamos sobre temas importantes como a pauta do Congresso Nacional, Orçamento, mais recursos para a saúde, as condições do financiamento da rede hospitalar, de dar conta dos insumos e o tema principal que é vacina, no qual propusemos uma agenda conjunta com o secretário da Organização das Nações Unidas (ONU) para que possamos ter a entrega de vacinas, a sensibilidade do mundo para ajudar o Brasil com mais vacinas e ainda as condições de ter a pauta federativa sendo colocada na prioridade do Congresso Nacional: o social, o econômico, tudo aquilo que é importante nesta fase que vivemos”, relatou o governador. (Com P. Terra)

Redação

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