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Violência de gangues no Haiti obriga 165 mil pessoas a fugirem de suas casas

O número de mortes no Haiti subiu 30% por causa da violência de gangues, bandidos e grupos armados. A informação é da Organização Internacional para Migrações, OIM.

O aumento das mortes, casos de sequestro e ferimentos totaliza 1630 incidentes, num país que já estava sendo afetado por uma epidemia de cólera e por acidentes naturais como ciclones e terremotos.

Cheias desalojam mais de 13 mil haitianos

Este mês, o Haiti foi afetado por um tremor de 4.9 na escala Richter.

Há menos de dois anos, um outro tremor, de 7.2 na escala Richter, matou 2,2 mil pessoas na ilha caribenha.

A agência da ONU lembra que metade da população haitiana precisa de ajuda humanitária para sobreviver. Mas o acesso aos haitianos ficou ainda mais difícil com as recentes inundações causadas por chuvas torrenciais.

As cheias no país já afetam 46 mil pessoas e desalojaram mais de 13 mil.

Novo apelo para ajuda

Segundo a OIM, a violência das gangues forçou 165 mil pessoas a sair de suas casas. Muitas fogem por causa dos ataques de bandidos, execuções extrajudiciais, sequestros e violência de gênero.

Grupos de vigilantes também causaram centenas de linchamentos.

O representante da OIM no Haiti, Philippe Branchat, disse que é prioridade  garantir a segurança e o bem-estar dos deslocados ao renovar o apelo para ajuda.

Surtos de cólera

A agência da ONU informou que somente 20% do Plano de Resposta Humanitária do Haiti foi financiado.

O país encara dificuldades de acesso à água limpa e segura que acompanhada por surtos de cólera recorrentes nos locais de deslocamento.

A agência observa ainda que 61,6 mil haitianos foram recentemente repatriados da República Dominicana, dos Estados Unidos, das Bahamas, das Ilhas Turcas e Caicos e de Cuba.

Fonte: ONU News – Foto: © Unicef/U.S. CDC/Roger LeMoyne

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