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Transporte público – Dr. Pessoa aposta na municipalização e Rios defende divisão de gastos das gratuidades

O prefeito Dr. Pessoa (MDB) afirma que vai usar relatório da CPI do Transporte como base nas negociações com empresários do setor do transporte coletivo da capital. Porém, ele nega qualquer tipo de interferência da prefeitura no processo da Comissão Parlamentar de Inquérito, que está sendo desenvolvida na Câmara Municipal de Teresina sob a presidência do vereador Dudu Borges (PT).

Pessoa nega ainda que a gestão atual tenha sido protegida pela CPI comandada pelo vereador, que é seu aliado político.

“O prefeito tem uma estrada própria. O Poder Legislativo é outro Poder. Trabalhamos harmonicamente, mas de maneira independente. O prefeito não tem influência sobre outro Poder nessa CPI. Espero que o resultado seja satisfatório para a sociedade, que precisa do transporte coletivo”, destacou.

Dr. Pessoa afirma que o papel da CPI é apontar falhas e ajudar a encontrar uma solução para o sistema.

“Esse é o objetivo dos dois Poderes. Queremos encontrar uma resultante que venha a satisfazer a sociedade, principalmente, os trabalhadores que precisam ir e vir”, ressaltou o prefeito.

Diante das dificuldades de negociação com empresários, Dr. Pessoa não descarta a possibilidade de municipalização de parte do setor de transportes.

“Aposto na municipalização. Não podemos ficar nesse lengalenga, ladainha que se arrasta há mais de 30 anos. Queremos um consenso. É greve aqui e greve ali. É alguém que usa atitudes não republicanas. Portanto, o prefeito vai tomar as rédeas de parte do transporte. A outra parte vai ser terceirizada”, afirmou.

Divisão de gastos com gratuidades

Vice-prefeito Robert Rios

Seguindo  o mesmo discurso do prefeito Dr. Pessoa, o vice-prefeito Robert Rios (PSB), que é também o secretário municipal de Finanças, defende ainda que cada governo, no âmbito federal, estadual e municipal, deve arcar com os gastos relacionados às gratuidades no sistema de transporte público da capital.

Segundo Robert Rios, deve haver uma conversa entre o governador Wellington Dias, a Prefeitura de Teresina, além do governo federal. “As conversas têm que acontecer de maneira civilizada, nós temos que trazer à mesa de conversações o governador Wellington Dias porque parte do sistema é gratuitamente utilizado pelo governo estadual; policial militar não paga passagem, policial civil não paga passagem, policial penal não paga passagem, oficial de Justiça não paga passagem, e todos pertencem a órgão do governo estadual; idoso e deficiente quando não pagam passagem, estão sendo beneficiados por lei federal. Acho que o governo federal tem que responder pelas passagens gratuitas, como o Governo do Estado e a Prefeitura de Teresina, também”, acrescentou.

“Nós já abrimos espaço de conversas com o governador, já conversei pessoalmente com o secretário Osmar Júnior (de Governo). O presidente da Câmara Municipal, Jeová Alencar, também está fazendo articulação para conversar com as empresas de ônibus para se chegar a um denominador comum, porque cada um é responsável por aquilo que interviu no meio de transporte. Por exemplo, a prefeitura quer pagar todos os estudantes matriculados na rede municipal, governo do estado paga estudantes da rede estadual, o policial militar, policial civil, policial penal e oficial de Justiça, e o governo federal que pague a sua parte”, completou Robert Rios.

Sobre a CPI do Transporte Público que está sendo conduzida pela Câmara Municipal de Teresina, Robert falou que a prefeitura vai aguardar o relatório e as sugestões para a solução do problema. “Existe uma CPI e eu tenho a esperança que a Câmara, legitimamente, encontre uma saída. Ela está concluindo a CPI, que vai gerar um relatório que fará recomendação não só às empresas, prefeitura, mas que também vai para o Ministério Público e o Judiciário”, declarou.

Jogo do Poder

Com informações Cidade Verde e GP1
Edição Jogo do Poder

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