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Sucesso no combate à Covid faz de cidade da Nova Zelândia a melhor do mundo para morar

Um dos primeiros países do mundo a impor lockdown e a fechar suas fronteiras durante a pandemia de coronavírus, a Nova Zelândia virou referência no combate à Covid-19 e reabriu sua economia antes que a maior parte do mundo. Assim, seus habitantes já voltaram a ter uma vida mais próxima do normal.

Esse sucesso permitiu que a maior cidade do país —Auckland, com 1,4 milhão de habitantes— fosse escolhida nesta quarta (9) como o melhor lugar do mundo para morar, segundo levantamento feito pelo Economist Intelligence Unit (EIU, braço de pesquisas e análises da revista britânica The Economist).

“Devido ao fechamento de fronteiras e do consequentemente baixo número de casos de Covid-19, a Nova Zelândia tem conseguido manter seus teatros, restaurantes e outras atrações culturais abertas. Estudantes seguiram indo para a escola, o que permitiu que Auckland tirasse a nota máxima em educação”, afirma o relatório da nova pesquisa.

Pessoas participam de comemoração do Ano Novo Chinês em Auckland
Pessoas participam de comemoração do Ano Novo Chinês em Auckland – Guo Lei – 30.jan.21/Xinhua

A capital neozelandesa, Wellington, também foi beneficiada pela eficácia sanitária do país e pulou para o quarto lugar do ranking. Na versão anterior, de 2019 —o levantamento não foi publicado em 2020 devido à pandemia—, nenhuma das duas cidades aparecia entre as dez primeiras posições.

É o oposto do que aconteceu com a antiga líder, Viena. Depois de ser eleita a melhor cidade do mundo para morar em 2018 e 2019, a capital austríaca despencou e agora ocupa apenas o 12º lugar. O próprio relatório aponta que a queda ocorreu por causa da segunda onda de coronavírus que atingiu grande parte da Europa, obrigando as cidades a fecharem novamente. Assim, todo o topo do ranking passou a ser ocupado por países que não enfrentaram uma segunda onda recentemente.

AS 10 MELHORES CIDADES DO MUNDO PARA MORAR

  1. Auckland (Nova Zelândia)

  2. Osaka (Japão)

  3. Adelaide (Austrália)

  4. Wellington (Nova Zelândia)

  5. Tóquio (Japão)

  6. Perth (Austrália)

  7. Zurique (Suíça)

  8. Genebra (Suíça)

  9. Melbourne (Austrália)

  10. Brisbane (Austrália)

Para chegar ao ranking, o EIU analisou os dados de 140 cidades ao redor do mundo em cinco categorias: estabilidade, sistema de saúde, cultura e ambiente, infraestrutura e educação.

Cada uma delas é dividida em uma série de indicadores qualitativos e quantitativos, que foram recebidos entre 22 de fevereiro e 21 de março deste ano. Com todos esses dados em mãos, as cidades recebem uma nota que vai de 1 a 100.

Na comparação com o levantamento de 2019, a média das notas caiu 7 pontos, sendo que a categoria sistema de saúde foi a que mais caiu —um sinal de que a pandemia piorou a qualidade de vida nesses locais.

De maneira geral, a Europa foi a região mais afetada. As três cidades que mais desceram no ranking, por exemplo, ficam na Alemanha: Hamburgo (34 posições), Frankfurt (29) e Dusseldorf (28). Na sequência estão a tcheca Praga (27), a irlandesa Dublin (22) e a italiana Roma (21).

Do lado oposto, os Estados Unidos —que já deram início à reabertura graças ao sucesso na vacinação— concentram os lugares que mais subiram, incluindo Honolulu (46 posições) e Houston (31).

Como o EIU não revela todas as cidades analisadas e qual é o ranking completo, não é possível saber se há municípios brasileiros na lista e quais seriam suas posições. O que é possível dizer é que nenhum lugar do país está entre os dez piores do mundo para morar:

AS 10 PIORES CIDADES DO MUNDO PARA MORAR

  1. Damasco (Síria)

  2. Lagos (Nigéria)

  3. Port Moresby (Papua Nova Guiné)

  4. Daca (Bangladesh)

  5. Argel (Argélia)

  6. Trípoli (Líbia)

  7. Karachi (Paquistão)

  8. Harare (Zimbábue)

  9. Douala (Camarões)

  10. Caracas (Venezuela)

Segundo o EIU, a atual pandemia também pode aumentar a desigualdade entre as cidades ricas —e que, portanto, devem vacinar primeiro— e as mais pobres, que estão no fim da fila da imunização.

“As condições das cidades mais pobres devem piorar ainda mais e, se as cidades não conseguirem acesso a vacinas, elas precisam se prevenir contra o aparecimento de novas variantes da Covid-19”, diz o texto. “Um processo de imunização mais devagar vai resultar em um lockdown mais restritivo, afetando assim a previsão de recuperação do crescimento econômico.”

Jogo do Poder

(Com informações Folha de São Paulo)

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