A expectativa entre senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é a de que André Mendonça tome a iniciativa de desistir de sua candidatura à corte.
TÁBUA
Mesmo políticos governistas acreditam que essa seria a melhor solução, poupando Jair Bolsonaro do desgaste de ver Mendonça rejeitado no Senado. O presidente já sinalizou que não tomará a iniciativa de retirar o nome para não contrariar os evangélicos.
TÁBUA 2
Mendonça, por sua vez, resiste à ideia de recuar da candidatura. Ele já conversou sobre isso com integrantes do governo. E avisou que gostaria de manter seu nome até o fim, tentando forçar o Senado a votar a indicação.
TÁBUA 3
Bolsonaro indicou o nome do ex-advogado-geral da União para o STF em julho. Ele precisa ser aprovado pelos senadores para o cargo, mas até hoje não foi sabatinado.
PAREDE
A resistência dos parlamentares a Mendonça tem várias razões: uma parte deles quer evitar que Bolsonaro consiga emplacar mais um magistrado na corte — o Judiciário tem sido um foco de resistência às ameaças golpistas do presidente.
EM LINHA
O ex-advogado-geral da União é considerado também ideologicamente alinhado com o lavajatismo, que a maioria do universo político abomina.
AUTORIDADE
O fato de ser “terrivelmente evangélico” atrapalha —não pela opção religiosa, mas pela submissão que André Mendonça declara ter a bispos de agremiações religiosas.
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No domingo (12), ele foi a um culto na Assembleia de Deus e afirmou aos bispos que a palavra deles “sobre a minha vida é uma palavra com um peso de autoridade de Deus na Terra”. Disse que é “um discípulo” e “um servo”. E afirmou ainda reconhecer a sua “submissão”.