Rússia diz que não espera avanço em conversa com EUA sobre crise na Ucrânia
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que não espera “avanços” com seu homólogo americano, Antony Blinken, no início de conversas em Genebra para tentar apaziguar a crise ucraniana. A declaração foi dada em um breve comentário do chanceler na manhã de hoje, antes da reunião dele com Blinken.
O comentário de Lavrov recebeu resposta do ministro dos Estados Unidos. “Você está certo. Nós não esperamos resolver nossas diferenças hoje. Mas eu espero que possamos testar se o caminho da diplomacia e do diálogo continua aberto”, afirmou o americano.
Sentando à frente de Lavrov no início da reunião, prevista para durar em torno de duas horas, Blinken prometeu uma resposta “unida, rápida e forte” em caso de invasão da Ucrânia, mas garantiu, ao mesmo tempo, que os Estados Unidos ainda buscam uma solução diplomática.
O governo russo acusa a Ucrânia de ameaçar a segurança nacional ao adquirir armas estrangeiras e aspirar se juntar à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). “O que esperamos são respostas concretas para nossas propostas concretas”, afirmou Lavrov a respeito de uma série de propostas que a Rússia apresentou para limitar a expansão e as atividades da OTAN na Europa Oriental.
“Me refiro em particular ao princípio da indivisibilidade da segurança, bem como à obrigação dos países de não fortalecer sua própria segurança em detrimento da segurança de outros”, disse o ministro.
A reunião entre os diplomatas ocorre enquanto milhares de tropas russas se concentram perto das fronteiras do país vizinho e o presidente americano Joe Biden alerta que uma invasão pode ser provável.
Blinken chegou a Genebra na noite de ontem após outras duas escalas agendadas às pressas na Europa para tratar da crise. Na ocasião, ele esteve em Berlim com autoridades alemãs, francesas e britânicas. Na quarta-feira (19), em Kiev, ele se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e garantiu mais apoio dos Estados Unidos.
*Com informações da AFP