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Propinas – Ataques de Ciro a Wellington podem ser explicados pela volta de investigações da PF contra o senador

Tudo parecia calmo, sem muitos solavancos na seara política do senador pelo Piauí Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, inclusive vivendo o protagonismo da chegada do presidente Jair Bolsonaro à região sudoeste piauiense, nesta quinta-feira (20), para inauguração de uma ponte entre Alto Parnaíba (MA) e Santa Filomena (PI). Mas a notícia de que Polícia Federal (PF) voltou ao seu encalço acabou sendo o seu despertador nesse dia eufórico para o parlamentar.

Segundo uma das manchetes do jornal O Globo desta quinta-feira, a Polícia Federal afirmou em relatório que encontrou provas que reforçam a suspeita de que o senador Ciro Nogueira teria recebido R$ 5 milhões em propina da JBS para levar o partido a apoiar a reeleição de Dilma Rousseff à Presidência em 2014.

Diz o jornal que no documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o delegado responsável pelo caso solicita que o parlamentar, aliado do governo Bolsonaro, seja interrogado novamente. “A defesa do senador nega as acusações e diz que a Corte tem se manifestado contra “excessos em delações” — o inquérito teve origem em acordos firmados por executivos da JBS.”

De acordo com o relatório parcial, “é possível vislumbrar que os depoimentos dos colaboradores Joesley Batista e Ricardo Saud restaram corroborados por provas autônomas”.

Depoimentos de testemunhas estão entre as novas evidências coletadas pela PF. Um deles foi prestado por Reginaldo Mouta de Carvalho, dono de um supermercado que tinha uma relação comercial com a JBS. O empresário confessou ter feito pagamentos a Gustavo Nogueira, irmão de Ciro, a pedido de Joesley Batista. Outra testemunha confirmou a propina em espécie.

Destempero

No retorno da PF ao seu encalço pode estar a explicação do destempero do senador Ciro Nogueira nesses últimos dias contra o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Nas redes sociais, principalmente em sua conta no Twitter, o senador desfere ataques sem tréguas contra o governante piauiense, talvez na tentativa de sombrear as acusações que começam a vir à tona, novamente, pela Polícia Federal.

Como é de sua natureza, Wellington Dias não responde aos ataques, porque acredita que essa seja uma estratégia do senador para potencializar suas aparições no Twitter, já que visa ser candidato pela oposição ao governo do Estado nas eleições do próximo ano.

O problema desses ataques de Ciro Nogueira a Wellington Dias é a reação de grande parte dos internautas, que comentam mostrando imagens – e até vídeos – como o senador, de até bem pouco tempo atrás, confabulando com o governador e e elogiando o gestor piauiense, de quem se dizia orgulhoso de ser parceiro. O público termina realmente não entendendo essa atitude do senador.

Agora, pode ser que esse mesmo público comece a compreender. A PF volta a atormentar o senador.

Jogo do Poder

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