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Projeto Conexão Semiárido incentiva comercialização de produção de agricultores familiares

O superintendente do Desenvolvimento Rural da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) e coordenador do Projeto Viva o Semiárido (PVSA), Francisco das Chagas Ribeiro, participou esta semana do lançamento do projeto Conexão Semiárido, por meio de videoconferência. Segundo o gestor, o Instituto Conexsus é destinado a apoiar a comercialização de cooperativas, e o projeto é executado com apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola Familiar (Fida), por meio do Programa Adaptando Conhecimento para a Agricultura Sustentável e o Acesso a Mercados (Aksaan), ligado à Universidade Federal de Viçosa. “O Instituto tem bastante experiência com cooperativismo e associativismo, principalmente na parte de organização, comercialização e crédito”, informou.

Segundo Francisco das Chagas Ribeiro, o projeto vai atender a duas grandes cooperativas nordestinas: a Cooperativa de Produtores e produtoras da Chapada do Vale do Itaim do Piauí (Coovita) e a Central Caatinga da Bahia, que reúne outras cooperativas daquele estado, todas ligadas à Agricultura Familiar. A partir das ações de capacitação, organização e fortalecimento organizativo destas duas entidades beneficiárias, estas experiências serão expandidas para outras cooperativas, centrais de cooperativas e associações vinculadas a cadeias produtivas e comercialização.

“Para nós da Secretaria e do PVSA, foi muito bom ter sido selecionado a partir da nossa experiência,  juntamente com a Bahia, para participar deste trabalho, pois a Coovita vai ganhar uma assessoria muito importante de um instituto que tem um conjunto de especialistas com muita experiência desta área do cooperativismo, do crédito e da comercialização. Isso o que certamente vai ajudar muito esta cooperativa, que é considerada ainda nova, criada a partir dos projetos de caprino-ovinocultura do Projeto Viva o Semiárido no Vale do Itaim, principalmente a partir da experiência da Ascobetânia no município de Betânia”, acrescentou Francisco das Chagas Ribeiro.

O coordenador declarou ainda que, neste trabalho, estarão envolvidos diretamente os municípios de Betânia, Paulistana, Jacobina do Piauí e Queimada Nova, mas explica que toda aquela a região, incluindo Acauã, Patos, Simões, Curral Novo e outros municípios, também será atendida em uma segunda etapa pela Coovita com ações de capacitação vindos da parceria com o Projeto da Conexsus.

Segundo a diretora de Desenvolvimento Institucional da Conexsus, Andrea Azevedo, a expectativa da empresa é de que o projeto possa ampliar a comercialização das cooperativas que trabalham com os agricultores familiares e também possa melhorar as competências no acesso o mercado. “Além de gerar todas informações e experiências, serão piloto pra disseminar para outras organizações. Esperamos que, ao final deste processo, daqui há um ano e meio, a gente já possa ver mudanças, inclusive, com o uso de novas tecnologias, para facilitar a vida do produtor ”, frisou.

O presidente do conselho de administração da Coovita, Natividade Vieira, disse em sua apresentação, que a cooperativa, que possui 314 cooperados e trabalha com 19 associações de base, distribuídas em sete núcleos em quatro municípios. Ele destacou que há muita expectativa com a chegada do novo projeto. “Esperamos que a Conexus, que vai trabalhar na modelagem na ovinocaprinocultura, incentive os cooperados, principalmente na organização e na comercialização dos seus produtos”, declarou.

Para o oficial de projetos do Fida no Brasil, Hardi Vieira, o projeto Conexão Semiárido vai focar nas duas centrais de cooperativas especialmente para construir sinergia, intercâmbio e troca de conhecimento. “A Coovita e a Central da Caatinga juntas possuem um total de 50 participantes, entre organizações e associações de produtores, com mais de três mil famílias de agricultores beneficiadas. Acreditamos que, por meio deste projeto, vai ser feita toda uma inclusão em termos de acesso a mercado e comercialização através de ferramentas digitais e capacitação. Isso vai permitir com que essas organizações tenham uma melhor inserção no mercado. A Conexus vai trazer toda esta expertise e know how e conhecimento, nesta área, e no que já desenvolve em outros trabalhos e irá passar para outras organizações”, declarou.

Hardi ressalta ainda que será desenvolvido ainda um projeto voltado para a comunicação de modo que os resultados e produtos sejam disseminados para outras cooperativas e para outros agricultores no semiárido, uma nova iniciativa que traz o tema da comercialização e acesso ao mercado fortemente afetado pela Covid para uma nova dimensão digital, plataformas on-line. “Isso vai permitir que a agricultura também esteja inserida no e-commerce, no mercado da internet, que já está presente nos grandes centros. É um passo importante na agricultura familiar e que poderá conquistar novos consumidores e garantir a presença dos produtos da agricultura familiar nas suas mesas”, finalizou.

Redação

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