OMS declara fim do surto do vírus Marburg na Guiné-Equatorial
A Guiné-Equatorial declarou o país livre do surto da doença do vírus Marburg, nesta quinta-feira. O anúncio ocorreu após o último paciente ter recebido alta do tratamento há mais de 42 dias.
O surto, em 13 de fevereiro, foi o primeiro deste tipo na Guiné-Equatorial. No total, foram notificadas 35 mortes, sendo 12 delas confirmadas laboratorialmente como infecção pelo vírus.
Metade das províncias afetadas
Quatro pacientes recuperados foram inscritos em um programa de sobreviventes para receber apoio psicossocial e outros auxílios.
Cinco distritos na metade das províncias da Guiné-Equatorial foram afetados. O distrito de Bata, no litoral ocidental, foi o mais atingido, com 11 casos confirmados laboratorialmente.
Muitas notificações estavam intimamente ligadas, seja por meio de reuniões e contatos sociais ou geograficamente.
Ação rápida
O vírus Marburg é da mesma família do vírus que causa ebola. Ele é transmitido através de morcegos frugívoros e se espalha entre os humanos pelo contato direto com os fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.
A diretora da Organização Mundial da Saúde, OMS, para a África, Matshidiso Moeti, disse que a região está cada vez mais preparada para “agir rápida e decisivamente para proteger a saúde e evitar a perda generalizada de vidas.”
Ela destacou que “o trabalho árduo dos profissionais de saúde da Guiné-Equatorial e o apoio de organizações parceiras foram cruciais para acabar com este surto.”
Para apoiar a resposta da Guiné-Equatorial, a OMS enviou especialistas em epidemiologia, gestão clínica, operações de saúde, logística, comunicações de risco, prevenção e controle de infecções.
Primeiro surto em 1975
A agência trabalhou com as autoridades de saúde para criar um centro de tratamento, forneceu suprimentos médicos, incluindo antivirais, e treinou profissionais de saúde nos principais aspectos do controle de surtos.
A OMS também apoiou os esforços das autoridades de Camarões e Gabão, países vizinhos da Guiné-Equatorial, para aumentar a prontidão e a resposta a surtos.
Na África, o primeiro surto de Marburg foi registrado na África do Sul em 1975, seguido por outros dois no Quênia na década de 1980. Desde então, foram relatados surtos em Angola, República Democrática do Congo, Gana, Guiné e Uganda. E, mais recentemente, Guiné-Equatorial e Tanzânia.
Fonte: ONU News – Foto: OMS