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“Não acho que vou ser demitido nos próximos meses”, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (20/10) que não acha que será demitido pelo presidente Jair Bolsonaro nos próximos meses. Ele afirmou, ainda, que este é um bom momento de os investidores estrangeiros voltarem ao país.

Guedes falou sobre a permanência no governo Bolsonaro em tom descontraído, durante uma videoconferência com investidores do Milken Institute. “O que eu posso dizer é que não acho que vou ser demitido nos próximos meses, como o ex-ministro das Finanças”, disse o ministro. E acrescentou: “Eu acho que é hora de vir para o Brasil. É o país apropriado para dinheiro bom e de longo prazo, investimento privado”.

O ministro foi questionado sobre o assunto quando falava sobre o cenário brasileiro de 30 anos atrás, quando o então ministro da Fazenda, Dilson Funaro, foi demitido depois que o país entrou na hiperinflação. Ele contou que havia alertado os investimentos estrangeiros do que estava acontecendo no Brasil à época, quando ainda estava fundando o BTG Pactual. Por isso, foi questionado sobre o prognóstico atual.

Além de mostrar tranquilidade quanto à permanência no governo, Guedes disse que, hoje, “é mais inteligente” do que há 30 anos. Antes disso, também já havia elencado uma série de fatores que vêm tentando melhorar o ambiente econômico brasileiro.

Aos investidores, Guedes garantiu que o governo brasileiro retomou a agenda das reformas econômicas, está atento ao cumprimento do teto de gastos e planeja um mecanismo de hedge cambial para proteger os investidores estrangeiros de variações cambiais. Segundo o ministro, o governo também não vai aumentar impostos e trabalha na melhoria do ambiente de negócios brasileiro junto com o Congresso Nacional, por meio da aprovação dos novos marcos legais de infraestrutura. Para Guedes, o Brasil ainda pode entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) dentro de um ano.

Isso tudo porque o governo pretende trazer de volta os investidores estrangeiros para o Brasil. “A recuperação vem pelo setor privado”, argumentou Guedes, lembrando que hoje a iniciativa privada tem mais recursos para investir do que o governo brasileiro. (CB)

Redação

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