Como perder antecipadamente uma eleição
Os adversários do pré-candidato ao governo do Piauí, Rafael Fonteles, e do pré-candidato ao Senado, Wellington Dias, ambos do PT, estão sendo obrigados pela Justiça Eleitoral a retirar do ar uma conta denominada “Pior pro Piauí”, que vinha fazendo montagens e propagando fake news através da Internet.
Provocada pela Direção Regional do Partido dos Trabalhadores, através do seu presidente, deputado Francisco Limma, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI) determina ao Instagram e ao Facebook a suspensão da tal página falsa. Primeiro, porque não aparecem os nomes reais dos criadores da página, o que, de já, caracteriza-se como perfil falso, o que é proibido pela legislação. E segundo, porque estão fazendo propaganda eleitoral antecipada negativa contra os adversários, o que também é proibido pela lei.
O juiz MARCELO LEONARDO BARROS PIO, que mandou suspender o perfil, enumera uma série de irregularidades que vinha sendo praticada pelo perfil, desde notícias falsas, com montagens truncadas, a violações da Lei Eleitoral.
É importante ressaltar que, apesar de ser livre a manifestação do pensamento, durante a campanha eleitoral, é vedado o anonimato, por meio da internet, e deve ser assegurado o direito de resposta.
De acordo com alguns especialistas em política, até agora, ao que parece, não há um programa de governo que atenda aos anseios populares por parte da oposição e, sem uma ofensiva no campo democrático para o enfrentamento de ideias, lança mão de perfil falso na utilização de mecanismos antidemocráticos, como aliás, vêm sendo sistematicamente praticados em âmbito nacional por parte do próprio próprio grupo comandado pelo presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição, representado no Piauí pela oposição. O modus operandi é o mesmo. Ou seja, a disseminação do ódio e de fake news, muitas vezes com deboche.
Conforme esses especialistas, tais práticas demonstram total incapacidade da oposição ou de opositores para fazerem frente ao grupo comandado no Piauí pelo Partido dos Trabalhadores. Para esses especialistas, a história ensina que em solo infértil nada prospera. E no campo do voto, essas práticas sinalizam a perda antecipada do embate eleitoral.
Veja na íntegra a decisão
