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Firmino manteve contrato milionário com empresa alvo da Operação Topique

As Eleições 2020 se aproximam e a população não deve esquecer das ações duvidosas dos gestores e seus candidatos. Em pouco mais de dois anos, de 2017 a 2019, a administração do prefeito Firmino Filho pagou mais de R$33 milhões para a C2 Transportes e Locadora Eirelli-EPP, empresa prestadora de serviços de transportes que foi alvo da Operação Topique, da Polícia Federal. Apesar de diversas prefeituras e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) terem rescindido os contratos com a empresa, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) manteve o contrato, que continuou vigente até setembro de 2019.

A C2 foi investigada pela Polícia Federal na Operação Topique pelo crime de associação criminosa, suspeita de participar de um esquema de fraudes em licitações para o transporte escolar, juntamente com outras empresas. Na investigação consta, por exemplo, que a empresa C2 possuía um quadro de funcionários insuficiente para atender a todos os contratos por ela firmados, o que indicava que havia subcontratações ilícitas. Outra situação constatada pela PF foi de que a C2 não tinha veículos suficientes para atender a demanda, o que demonstrava que ela não realizava de fato o serviço de transporte escolar. O proprietário da C2, Carlos Augusto Ribeiro de Alexandrino Filho, chegou a ser preso.

A empresa foi contratada pela Semec no dia 2 de março de 2017. Após 11 meses, a contratação foi prolongada por mais um ano por meio de Termo Aditivo datado de 22 de fevereiro de 2018. Em março de 2019, o então secretário Kleber Montezuma, atualmente pré-candidato a prefeito de Teresina, voltou a prorrogar o contrato, desta vez até setembro de 2019, quando assinou outro termo aditivo prorrogando o prazo de vigência até 02 de setembro de 2020, no entanto, o processo licitatório foi suspenso por ordem judicial.

Apesar de manter contrato com a empresa C2, a Prefeitura de Teresina não foi investigada pela Polícia Federal. O contrato firmado pela administração do Firmino Filho e a empresa ainda está sendo investigado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).

A investigação teve início com a denúncia do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm). Foi quando o TCE determinou que Kleber Montezuma realizasse imediata abertura de procedimento licitatório para a prestação dos serviços de transporte escolar na rede municipal de ensino, já que o contrato entre a Semec e a C2 estava sendo alvo de investigação, porém o ex-secretário ignorou o pedido e o contrato seguiu vigente até setembro de 2019.

Redação Jogo do Poder

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