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Efeito dominó: Aliados de Ciro Nogueira estão caindo nas redes da Justiça

Ao que parece, o senador piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, não está numa maré favorável. Aliados seus por todo o estado estão sendo fisgados pelas redes da Justiça. Não bastasse a prisão do prefeito de Agricolândia, Walter Alencar (PP), nessa quinta-feira (8), agora foi a vez do prefeito de Paquetá do Piauí, Thales Coelho Pimentel (PP), ter suas contas reprovadas pelo Tribunal de Contas (TCE-PI) por improbidade administrativa em relação ao exercício de 2017.

Tendo como relator do processo Delano Carneiro da Cunha Câmara, o TCE decidiu por maioria reprovar a prestação de contas da prefeitura de Paquetá por encontrar diversas irregularidades no exercício administrativo daquele ano.

Foram encontradas falhas na contratação de pessoal por desobediência ao artigo 37 da Constituição Federal e artigo 54 da Constituição Estadual, que estabelecem que a contratação de pessoas prestadoras de serviço, de maneira contínua, porém sem vínculo empregatício, constitui flagrante desrespeito aos princípios da legalidade e moralidade administrativa. O prefeito Thales Coelho rompeu o que diz a lei ao agir contrariamente ao que estabelecem as Cartas Magnas Federal e Estadual nesse sentido.

Diz ainda o TCE que é imprescindível a manutenção do meio eletrônico capaz de comunicar, nos prazos devidos, todas as informações à sociedade, que é destinatária das políticas públicas e real titular do patrimônio governamental. Em resumo, o Tribunal quer dizer que o prefeito Thales Coelho ignorou o Portal da Transparência na publicação dos seus atos governamentais, pelo qual a população tem o direito de acompanhar os encaminhamentos da gestão pública.

Várias outras irregularidades foram citadas pelo Tribunal de Contas do Estado, a exemplo dos gastos e prestação de contas na área contábil. As despesas com pessoal estiveram acima do limite legal (52,26%).

Histórico de agressão

O prefeito Thales Coelho é protagonista de outras ações que chamam a atenção de todo o estado. Um fato bastante repercutido foi denúncia feita ao Ministério Público do Estado, em maio deste ano, por agressão a uma equipe de saúde que atua no combate ao novo coronavírus na cidade de Canto do Buriti, distante 288 quilômetros de Paquetá.

Segundo a denúncia, a equipe fazia uma ação educativa em bares e restaurantes sobre a importância das medidas de proteção impostas pelo combate à Covid-19. A denúncia diz que ao chegar a um posto de combustíveis localizado na rodovia PI-241, a equipe da saúde verificou que no local havia algumas mesas expostas e clientes ingerindo bebida alcoólica.

De imediato a equipe de saúde realizou uma notificação ao responsável pelo estabelecimento, que informou que não assinaria a notificação e que deixaria para o proprietário do estabelecimento, que já estava chegando ao local.

O dono em questão tratava-se do prefeito Thales Coelho, que também é médico e muito conhecido na região. Consta na denúncia que, minutos depois, dois homens chegaram em um carro branco. E um deles era o prefeito Thales Coelho, e o outro era seu cunhado, identificado como Sammuel Nunes. “Xingando, gritando e batendo no carro da equipe, mandando eles saírem imediatamente do local”, diz um trecho.

Ainda de acordo com o documento entregue ao Ministério Público, o prefeito estava bastante alterado e agressivo.

Redação

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