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Dr. Pessoa destaca dificuldade de diálogo com empresários do transporte público e volta a defender municipalização do sistema

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (MDB), destaca sua preocupação com a população usuária do sistema de transporte público, que vem enfrentando dificuldades pela precariedade do setor. Ele tem afirmado que a Prefeitura já tentou, por várias vezes, fazer a repactuação, mas não vem conseguindo um diálogo satisfatório com os empresários do serviço. Afirmou que acompanha de perto a CPI do Transporte Público na Câmara de Vereadores e não descarta a municipalização de pelo menos uma parte do sistema

“Tentamos de todas as formas fazer essa repactuação com os empresários no início da administração. Eles não quiseram. Como é um governo aberto, não pode haver a condução apenas pelo poder empresarial particular. As portas estarão abertas, se quiserem conversar, vamos para a conversa. Sendo que nessa conversação o controle vai ser pela Prefeitura de Teresina”, observou.

Dr. Pessoa afirma que a CPI pode ajudar a Prefeitura. Mas diz que já trabalha para buscar uma solução para o sistema.

“Os Poderes são independentes. Tão tal que a CPI não teve influência da Prefeitura. O Poder Executivo observa sem nenhuma influência. Eles terão a conclusão. O Executivo, já há muito tempo, começou a trabalhar da sua maneira, que é clara e objetiva. Vai ter resolutividade para que o povo de Teresina tenha melhor qualidade”, afirmou Dr. Pessoa.

CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público, idealizada e conduzida pelo vereador Dudu Borges (PT), encerrou, na quinta-feira (10), as oitivas com os empresários. Foram ouvidos os representantes da empresa Teresina, Viação Santana e Transfácil. Nesta semana, terão início as oitivas com os ex-gestores da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans).

Durante as oitivas de quinta-feira, a CPI ouviu os empresários Nilo Campelo, da empresa Teresina; Francisco Sobrinho, da Viação Santana; e Moisés Sérvio, da Transfácil. Os proprietários das empresas repassaram informações sobre a quantidade atual de ônibus em operação e funcionários atuantes, além dos valores recebidos nos últimos cinco anos. Todos eles não sabem dizer o valor que as empresas têm a receber e atribuíram o declínio do transporte público à pandemia e às verbas indenizatórias não pagas pela prefeitura.

Em entrevista, a advogada dos empresários, Nayara Moraes, afirmou que o sistema está prestes a parar. “A maior parte dos empresários não conseguem sobreviver com o dinheiro da catraca em um contexto de pandemia. É preciso o pagamento do valor atrasado, o cálculo da TPI para que eles se certifiquem dos valores em aberto e a regularidade dos pagamentos mensais. Sem isso o sistema para, pois a quantidade de pessoas que está circulando é muito menor e a liberação de outros modais para o sistema faz com que diminua a quantidade de passageiros pagantes. É um estrangulamento contínuo, acreditamos que em poucas semanas haja uma dificuldade total e o sistema corre o risco de parar ainda nesse semestre”, disse.

Nesta terça-feira (15), devem ser ouvidos os ex-superintendentes da Strans, Carlos Daniel e Weldon Bandeira. “Das oitivas dos empresários, que estão foram concluídas, alguns pontos ficaram claros e nós vamos aprofundar com as informações que estão chegando do poder público e com as próximas oitivas. Queremos agora compilar as informações das empresas e ouvir os ex-gestores para começar a dar um norte para o relatório da CPI”, afirmou o presidente da CPI, vereador Dudu Borges.

Jogo do Poder

(Colaboração CV / Assessoria Parlamentar)

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