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Comitê Lula Livre lança campanha pelo julgamento da suspeição de Moro enquanto ex-juiz deixa o Brasil

O Comitê Lula Livre fará uma campanha com o mote “Justiça lenta é injustiça”. O objetivo é pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pela votação imediata do habeas corpus no qual a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontou a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro. A informação foi publicada na coluna Painel. Enquanto isso, o ex-juiz está se preparando para abandonar o país e largar a política.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, o ex-ministro da Justiça está sendo pressionado pela família a sair do Brasil. A ideia é que ele passe uma temporada dando aulas de Direito em outro país. E, assim, fique distante da política e de eventual projeto eleitoral de concorrer à Presidência.

A mulher dele, Rosângela Moro, tem repetido a interlocutores que o marido já deu a contribuição que tinha que dar ao país e que a política partidária, com seus embates selvagens, não seria para ele. Estaria na hora de novamente cuidar da vida pessoal e profissional. O próprio Moro também já disse a políticos que o visitam que não se sente inclinado a disputar um cargo eleitoral.

O ex-juiz baixou o tom nas redes sociais em relação a Bolsonaro —e até já disse, em conversas reservadas, que não deveria ter saído do governo da forma que fez: atirando.

O movimento lava-jatista, do qual Moro é estrela, tem sofrido derrotas seguidas na esfera política. A indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para o STF (Supremo Tribunal Federal) é a mais recente delas —deixando o ex-ministro e seus seguidores cada vez mais isolados.

A segurança é outra preocupação da família do ex-ministro: neste mês ele acaba de cumprir a quarentena obrigatória desde que saiu do Ministério da Justiça, perdendo também o direito a escolta da Polícia Federal.

De acordo com advogados do ex-presidente Lula, o líder político foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP) por Sérgio Moro, que emitiu a ordem de prisão sem o esgotamento de todos os recursos judiciais.

Ainda de acordo com a defesa do ex-presidente, várias irregularidades da Lava Jato foram reveladas pelo Intercept Brasil. A série de reportagens mostra que Moro agia como uma espécie de assistente de acusação e orientava procuradores sobre como proceder nos processos.

Redação

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