A Comissão Europeia recomendou conceder à Ucrânia o “status” de candidato à União Europeia. A informação foi dada pela presidente do Executivo Europeu, Ursula von der Leyen, em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (17).
Esse é o primeiro passo formal em um processo que normalmente dura mais de uma década. A recomendação será debatida na cúpula europeia de 23 e 24 de junho e, para que o processo avance, os líderes dos 27 países-membros da UE devem dar o sinal verde por unanimidade
“Isso, é claro, no entendimento de que o país realizará uma série de outras reformas importantes”, disse von der Leyen em entrevista coletiva sobre a decisão da Comissão.
Segundo informações do New York Times, alguns dos países membros da UE defendem que embora a Ucrânia não esteja pronta para iniciar grandes mudanças para fazer parte do bloco, deve ser concedido o status de candidato como um gesto de apoio em sua defesa contra a guerra da Rússia. O conflito entre russos e ucranianos já passa dos 100 dias.
Outros membros defendem que a Ucrânia receba um status de “candidata luz” — uma promessa, mas com ressalvas e referências a serem cumpridas. Os países acreditam que essa abordagem não apenas é mais realista, mas também demonstra integridade em relação à Ucrânia.
“Na opinião da Comissão, a Ucrânia demonstrou claramente a aspiração do país e a determinação do país em viver de acordo com os valores e padrões europeus”, disse von der Leyen.
A presidente afirmou ainda que a Ucrânia já havia implementado cerca de 70 por cento do Regras, padrões e normas da UE. “Todos sabemos que os ucranianos estão prontos para morrer pela perspectiva europeia”, acrescentou. “Queremos que vivam conosco o sonho europeu.”
Durante entrevista na quinta-feira, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky disse que o país vai trabalhar para se tornar um membro pleno.
“Entendemos que o caminho para a União Europeia é realmente um caminho e não é um passo. Mas esse caminho deve começar, e estamos prontos para trabalhar para que nosso estado se transforma em um membro pleno da União Europeia e os ucranianos já conquistaram o direito de embarcar neste caminho”, analisa.
Com informações da AFP
