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Candidato a vereador comprova que máquina da prefeitura de Teresina é utilizada para compra de votos

O vereador de Teresina Luiz André (PSL), candidato à reeleição e pertencente ao grupo que tem o PSDB no comando da campanha para prefeito de Teresina, foi flagrado em vídeo pedindo asfaltamento no bairro Macaúba para que ele possa ter 350 votos na região nessa eleição. “Fiz amizade com o presidente da associação e ele pede até pelo amor de Deus, peça para as máquinas começarem pelo menos a asfaltar”, salienta o candidato ao prefeito Firmino Filho (PSDB), presente na reunião, juntamente com o seu candidato, Kleber Montezuma. Os dois aplaudiram.

No mesmo vídeo, o vereador relata as obras de asfaltamento realizadas em vários bairros da cidade e que vêm lhe rendendo dividendos eleitorais. Na prática, o que a prefeitura vem fazendo, como revela o vídeo, é agir no propósito de distorcer o processo eleitoral.

Quem hoje anda por alguns bairros da cidade, pode ver que da noite para o dia, máquinas de asfaltamento começaram a operar nas ruas, a poucos dias da eleição. Isso dá munição para que lideranças comunitárias, muitas vezes cooptadas pelo poder público, potencializem a gestão municipal e o nome do candidato oficial. Essa estratégia eleitoral é prática eleitoreira comum na capital e vem se naturalizando nesses mais de 30 anos de poder dos tucanos em Teresina.

O que essa atitude do vereador Luiz André pode ainda comprovar? Que algumas obras que estão sendo realizadas em bairros da capital, principalmente asfaltamento, a poucos dias da eleição, têm como propósito manipular o voto do eleitor. Ou seja, a prefeitura está sendo usada, com a conivência de Firmino Filho e Kleber Montezuma, para ser máquina de compra de votos, da consciência do eleitor e como manipulação de massa.

Esse tipo de atitude é vista pela Lei Eleitoral como interferência do poder público no livre direito de escolha do cidadão e da cidadã. Se chegar a ser investigada, essa atitude poderá resultar em impugnação do registro de candidatura do vereador e de Kleber Montezuma, bem como em punição à gestão municipal, comandada pelo prefeito Firmino Filho.

O prefeito Firmino Filho estaria cometendo improbidade administrativa, que é definida como sendo ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da administração pública, cometido por agente público, durante o exercício de função pública. Como se enquadraria Luís André e Kleber Montezuma? Quem, mesmo não sendo agente público, participe ou se beneficie da prática de ato de improbidade, também está sujeito às penalidades previstas na lei.

É esperar para ver o que vai acontecer.

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