Boris Johnson pedirá que Putin evite ‘banho de sangue’ na Ucrânia
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, instará o presidente russo, Vladimir Putin, a “voltar atrás” em sua suposta intenção de invadir a Ucrânia a fim de “evitar um banho de sangue”, informou uma porta-voz do governo britânico nesta sexta-feira (28).
Em uma próxima conversa telefônica, cuja data exata não foi informada, Johnson também defenderá um “compromisso diplomático” do presidente russo com a solução das tensões entre Moscou e Kiev.
“Quando conversar com o presidente Putin no final desta semana, [Johnson] pedirá à Rússia que recue e se envolva em um compromisso diplomático”, disse a porta-voz em comunicado.
O premiê britânico também planeja viajar para a região nos próximos dias.
Mais de 100 mil soldados russos estão concentrados na fronteira com a Ucrânia, e os países ocidentais veem em sua presença um sinal de que uma invasão da ex-república soviética pode ser iminente.
A Rússia nega qualquer intenção de guerra, mas pede garantias por escrito sobre sua segurança e que a Ucrânia não se juntará à Otan.
Na próxima segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores britânico deve anunciar no Parlamento um endurecimento de seu regime de sanções contra a Rússia para que Londres possa atingir os interesses estratégicos e financeiros de Moscou.
O governo é acusado de fechar os olhos ao fluxo de fundos russos em seu território.
O deputado conservador Tom Tugendhat, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento, ressaltou que a ameaça russa não vinha apenas na forma de “tanques”, mas também de “dinheiro líquido”.
“O dinheiro escondido em contas e propriedades é usado para minar a segurança do Reino Unido e do povo britânico”, acusou Tugendhat.
Na terça-feira, Johnson alertou em uma aparição no Parlamento que os países ocidentais imporiam sanções sem precedentes à Rússia caso invadisse a Ucrânia.
Na véspera, o primeiro-ministro se reuniu virtualmente com os líderes dos Estados Unidos, Polônia, França, Itália, Alemanha, UE e Otan.
Fonte: AFP