A noite da eleição presidencial dos EUA, no dia 3 de novembro, provavelmente será confusa, com o presidente Donald Trump como aparente vencedor logo após o fechamento dos centros de votação, cenário que pode mudar dias depois, com a contagem dos muitos votos por correio, segundo analistas eleitorais.
Em entrevista ao site de notícias “Axios”, a empresa de análise eleitoral Hawkfish, fundada pelo empresário e ex-pré-candidato democrata Mike Bloomberg, disse acreditar que Joe Biden vencerá as eleições, mas que a vitória do democrata só será confirmada dias depois, o que significará um período de caos pós-eleitoral.
Pandemia e voto a distância
Os analistas acreditam que, devido à pandemia do novo coronavírus, o voto por correio poderá representar 40% dos votos totais, um recorde, e que a possibilidade de o resultado desses votos se refletir na contagem posterior provocaria uma “miragem vermelha”, referindo-se à cor dos republicanos.
Isto significa que Trump mostraria uma enorme vantagem no número de votos (atribuídos a cada estado em uma base ponderada) sobre Biden nas primeiras horas após o fechamento das urnas, mas que o candidato democrata ganharia com a inclusão dos votos por correspondência.
O modelo estatístico utilizado por esses analistas pressupõe que os eleitores republicanos participarão mais de forma presencial, indo às urnas, enquanto que os democratas optarão em massa pelo voto por correio, o menos arriscado em meio à pandemia.
Os analistas esperam que 69% dos eleitores democratas votem por alguns dos métodos de correio disponíveis, enquanto apenas 19% dos republicanos votariam a distância.
Trump tem sido muito crítico em relação à votação por correio, método que considera fraudulento, o que especialistas e até mesmo governadores republicanos têm negado repetidamente.
Redação
