Monitoramento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV (Dapp/FGV) mostrou que o lançamento da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado em 7 de maio, alavancou as interações em todas as redes sociais do ex-presidente.
Ainda assim, Jair Bolsonaro (PL) segue na ponta em número de interações entre todos os que pretendem disputar a Presidência em 2022.
O levantamento identificou, durante o período, mais de 25,3 milhões de interações e visualizações dos perfis dos presidenciáveis e de seus apoiadores.
Ele mostra que Lula e seus apoiadores controlam 40,28% dos perfis e geraram 32,08% das interações no Twitter no período. No sábado (7), destacou-se o compartilhamento intenso do jingle da campanha e do slogan #vamosjuntospelobrasil, com pico de 634 mil interações durante todo o dia.
Os perfis também se dedicaram a criticar a gestão Bolsonaro, especialmente em relação ao sigilo imposto a informações do Planalto e gastos com o cartão corporativo.
Do campo de Bolsonaro, em torno do qual orbitam 37,90% dos perfis, partiram 58,75% das interações no período.
No sábado (7), os bolsonaristas apostaram na hashtag #brasilcombolsonaro e interagiram com repostas do presidente à cantora Anitta, que incentivou eleitores jovens a providenciarem o título de eleitor, e ao ator Leonardo DiCaprio, que compartilhou vídeo com críticas à atuação de Bolsonaro na preservação da floresta amazônica.
O grupo também dirigiu ataques a imagens que mostraram seguranças de Lula armados, o que classificam como hipocrisia, e à presença do petista na capa da revista norte-americana Time.
Bolsonaro teve larga vantagem no período em relação a Lula no Facebook (7,3 milhões de interações contra 3,4 milhões) e no Instagram (6,3 milhões contra 5 milhões). No Twitter, contudo, eles estiveram próximos (3,6 milhões contra 3,1 milhões), e no YouTube a liderança é do petista (1 milhão contra 750 mil).
Já os presidenciáveis da chamada terceira via seguem mostrando baixa capacidade de mobilização nas redes. Unidos em um só grupo de análise da FGV, nomes como o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) e Ciro Gomes (PDT) respondem por 7,3% das interações a partir de 6,13% dos perfis no Twitter.
Fonte: Folha de São Paulo/Painel