Governo promove ações que valorizam povos originários
No Piauí, vivem, segundo o IBGE, 7.378 indígenas, de cinco etnias distribuídas em sete municípios. E promover e valorizar os direitos dos povos originários no Estado são ações que vêm sendo realizadas pelo governo do Piauí, sobretudo, após a criação da Superintendência da Igualdade Racial e Povos Originários. Vinculada à Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, a superintendência articulou junto com outros órgãos ações na área da Saúde, como a telemedicina, a regularização de territórios indígenas e a implantação da primeira escola indígena no Piauí.
Com a articulação da Superintendência, já foram regularizados três territórios indígenas, dois na região norte, nos municípios de Piripiri e Lagoa do São Francisco, e um na região sul, no município de Queimada Nova. O gerente dos Povos Originários, Cícero Dias, informa que já tem títulos prontos para serem entregues na região sul, na comunidade Morro d’Água, município de Baixa Grande do Ribeiro.
Na área da educação foi criada a primeira escola indígena do Estado que atende os venezuelanos Waraos e os Guajajara, que vivem no contexto urbano de Teresina. Cícero Dias conta que está sendo elaborado um plano para a criação de escolas nas comunidades indígenas e ainda a implantação da Educação de Jovens e Adultos. “As pessoas de mais idade, que não tiveram a oportunidade inicialmente de estudar, agora vão ter essa oportunidade”, explica Cícero Dias.
Ele ainda acrescenta que aos indígenas também são ofertados cursos de qualificação, como os de cooperativismo e sociativismo. E também acesso a crédito rural para propostas elaboradas pelos técnicos da Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária com recurso da Agência Piauí Fomento, a Badespi.
“Voltado para a saúde, nós temos também avançado bastante no que diz respeito a essa área,” relata o gerente de Povos Originários. Nos municípios de Piripiri e Lagoa de São Francisco foi implantada a saúde digital por meio da telemedicina. Em Piripiri há um centro de saúde indígena chamado Cacique José Guilherme da Silva, em homenagem ao Cacique José Guilherme. “Esse espaço de saúde indígena é especificamente para atender à população indígena do município de Piripiri .”
Cícero Dias cita ainda que a telemedicina está sendo estendida para outros municípios, como em Currais e Paulistana. “Vale dizer também que os indígenas sempre têm prioridade para receber vacinas”.
Na segurança alimentar, as equipes da Sasc estão acompanhando o Programa de Aquisição de Alimentos para os povos indígenas e quilombolas, extrativistas e comunidades tradicionais, programa executado pela Secretaria da Agricultura Familiar, com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Na área da cultura foi inaugurado, em Lagoa do São Francisco, o Museu Anízia Maria dos Povos Tabajara e Tapuio-itamaraty. O primeiro do Piauí dedicado à preservação da cultura e ancestralidade dos povos originários. “Os indígenas estão sendo acompanhados em todas essas ações do Governo do Estado do Piauí,” conclui Cícero Dias que é da etnia Tabajara, do município de Piripiri. No Piauí, vivem ainda os Tapuio, Cariri, Gamela e Sangue.
Fonte: CCom